terça-feira, 1 de novembro de 2011


Para Mantega, lucro dos bancos mostra que País está blindado


BRASÍLIA, 10 de agosto de 2007 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje pela manhã que os lucros recordes dos bancos divulgados nesta semana mostram como o sistema financeiro do Brasil está sólido e blindado à turbulência financeira internacional. Mantega rechaçou o termo crise.

Dilma pede a Marta para desistir de candidatura em SP

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BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A CANNES


A senadora Marta Suplicy (PT-SP) ouviu nesta segunda-feira (31) um apelo da presidente Dilma Rousseff para desistir da disputa à Prefeitura de São Paulo.
Ela deve anunciar uma decisão até a sexta-feira, segundo informação de seu gabinete àFolha.
Dilma também falou em nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lançou a pré-candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad.
L.C.Leite - 22.ago.2011/Folhapress
Dilma pede a Marta para desistir de candidatura em São Paulo
Dilma pede a Marta para desistir de candidatura em São Paulo
A presidente se encontrou com Marta na tarde de ontem, na base aérea de Congonhas, em São Paulo, antes de Dilma visitar Lula no Hospital Sírio-Libanês.
Após a visita, Dilma embarcou para Cannes, na França, onde participa da cúpula do G20, o grupo das maiores economias do planeta, na quinta e na sexta-feira.
A presidente disse, segundo a versão transmitida aos jornalistas pela ministra Helena Chagas (Comunicação Social) que Marta havia sido "a melhor prefeita que São Paulo teve", mas, mesmo assim, não deveria se candidatar de novo porque agora sua presença no Senado era "mais importante".
A presidente lembrou que, como vice-presidente do Senado, Marta é essencial para ajudar nas votações que interessam ao governo.
Chegou até a citar uma delas, a do projeto do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego), de expansão de escolas técnicas, aprovado com facilidade.
Isolada na cúpula do partido, embora tenha apoio de boa parte dos militantes de base, Marta disse a Dilma que pretende consultar aliados antes de anunciar sua decisão.

UM IMPOSTO INTELIGENTE NA REFORMA TRIBUTÁRIA
Um imposto chamado "mínimo", que desonera a folha de pagamento das empresas e ao mesmo tempo alivia a carga do imposto de renda dos assalariados, sem ocasionar perda de arrecadação, poderá ser debatido no bojo da reforma tributária, a PEC 233/08 - já encaminhada pelo Governo Lula ao Congresso Nacional -, graças a um projeto de emenda constitucional a ser apresentado pelo Partido da República o qual, se aprovado, terá o condão de promover uma saudável e benéfica mudança na economia brasileira. Um dos maiores teóricos desse projeto, o professor Marcos Cintra, vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas (SP), alinha os benefícios do imposto mínimo ao ressaltar que ele, ao reduzir custos trabalhistas para as empresas, elevará a oferta de empregos e promoverá a formalização dos postos de trabalho. E que ao desonerar os assalariados com a isenção do IR, propiciará as condições para a redução dos custos administrativos para a União, aumentará a competitividade da economia brasileira e combaterá eficazmente a evasão de impostos.

O projeto do imposto mínimo, conforme está concebido e será apresentado pelo PR, tem, portanto, como objetivo, desonerar o trabalho, tanto para o empregador quanto para o empregado. Com ele, desaparecerá o INSS patronal, de um lado e, por seu turno, o IR da pessoa física incidente sobre os salários até um teto de R$ 30 mil. A compensação de receita viria da cobrança de uma alíquota extremamente baixa sobre o crédito e o débito das movimentações financeiras. Essa alíquota não seria cobrada das pessoas que movimentam recursos até o limite da isenção atual do IRPF.

É bom que se diga que os estados e os municípios manteriam os recursos que a União transfere a eles e ainda teriam um ganho adicional de receita. Assim, o projeto mantém os repasses do FPE e do FPM no tocante ao imposto que irá substituir o IRPF, preserva a retenção do IR previsto no inciso I dos artigos 157 e 158 e prevê a transferência de recursos extras às prefeituras e governos estaduais.

Temos que caminhar no rumo da modernização social do Brasil e o imposto mínimo é uma excelente contribuição para alcançarmos essa meta. Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, classificou esse projeto do PR, em artigo assinado no jornal Gazeta Mercantil, de "emenda progressista para a reforma tributária", louvando, assim, a sua formulação.

Para Marcos Cintra, a instituição do imposto mínimo fecha o ciclo de justiça social com a inclusão de todos os assalariados e autônomos que se situam acima da marca de isenção do imposto de imposto de renda da pessoa física. Essa medida, com a desoneração dos rendimentos do trabalho e dos salários, atende, sobretudo, aos interesses da classe média mas que terá efeitos imediatos e positivos nas outras esferas sociais. Mais do que um imposto socialmente justo e inteligente, o imposto mínimo definirá um novo conceito de tributação no país, e será um bom início para substituirmos, aos poucos, os chamados impostos declaratórios, como o IRPF, cujo anacronismo é sabidamente reconhecido, por uma tributação mais eficaz e menos onerosa.

Dividida em seis Títulos e três Anexos, a proposta republicana para o sistema tributário brasileiro contempla avanços que possibilitará, ao Brasil, romper o ciclo das perversas desigualdades e reconciliar, finalmente, a democracia econômica com a democracia social.